Conexão Saúde

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Acupuntura é eficaz no alívio da dor


Tratamento milenar oriental acalma células cerebrais, constata estudo

Uma nova pesquisa acaba de comprovar a eficácia da acupuntura. Cientistas da Universidade Hospital de Essen, na Alemanha, constatou que a técnica chinesa milenar acalma as células cerebrais responsáveis pela percepção de dor, ajudando a diminuir a sensibilidade do paciente na região atingida.
No experimento, 18 voluntários foram submetidos a choques elétricos enquanto seus cérebros eram examinados. Depois, passaram pela mesma experiência, mas, dessa vez, com as agulhas da acupuntura colocadas entre os dedos das mãos, abaixo do joelho e próximo ao dedão do pé. "A ativação de áreas do cérebro envolvidas na percepção da dor foi significativamente reduzida ou modulada com a acupuntura", conta a pesquisadora Nina Theysohn.
Um estudo similar já havia indicado, recentemente, que o simples ato de colocar agulhas na pele e retorcê-las produz uma série de analgésicos naturais. Porém, os especialistas de nenhum dos dois estudos parecem dispostos a concordar que o efeito acontece porque as agulhas “balanceiam as forças vitais”, nem confirmar os demais benefícios clamados pela acupuntura, como o combate a alergias e ao hábito de fumar.
FONTE: VEJA

No estudo da acupuntura, uma picada de cada vez


Pesquisadores criam polêmica ao afirmar que técnica traz os mesmos benefícios de tratamento placebo

The New York Times
Por pelo menos 2 mil anos, curandeiros chineses usaram a acupuntura para tratar dores e outras doenças. Agora, médicos ocidentais querem provas científicas de que ela funciona ou não. Para eles, não basta que pessoas se sintam melhor depois de receber o tratamento, que consiste na inserção de pequenas agulhas profundamente na pele em pontos específicos do corpo. Eles querem saber se elas estão se beneficiando da acupuntura em si ou simplesmente de um efeito placebo causado pela administração do tratamento.
Na semana passada, um estudo publicado na revista Arthritis Care and Research e realizado por pesquisadores com o MD Anderson Cancer Center, em Houston, descobriram que entre 455 pacientes com artrite dolorosa no joelho a acupuntura não ofereceu mais alívio do que um tratamento simulado.
Na verdade, os pacientes sentiram um alívio significativo em ambos os tratamentos – uma redução média de um ponto em uma escala de dor de 1 a 7. Para os críticos, o problema é do estudo que teria sido  mal concebido.
Por um lado, eles notaram, os pacientes em ambos os grupos receberam tratamento com agulhas e estimulação elétrica; a principal diferença foi que, no grupo placebo, as agulhas não foram inseridas profundamente e o estímulo teve duração mais curta. No mundo real, um acupunturista treinado personalizaria o tratamento de sintomas específicos para cada paciente. No estudo, porém, as agulhas foram inseridas da mesma maneira em todos os pacientes do grupo da acupuntura "real". 
No lugar de provar que a acupuntura não funciona, em outras palavras, o estudo pode sugerir que ela funciona mesmo quando é mal administrada. Mas a lição real, dizem os defensores da acupuntura, é sobre o quanto é difícil usar padrões ocidentais de investigação para uma antiga arte de cura.
"As pessoas alegam que, na verdade, não há pontos de acupuntura inativos – quase sempre que você inserir uma agulha vai encontrar um ponto ativo", disse Alex Moroz, um acupunturista treinado que dirige o programa de músculo-esqueleto no departamento de reabilitação na faculdade de Medicina da Universidade de Nova York. "Há um conjunto de literatura pelo qual toda a abordagem do estudo da acupuntura não se presta ao método científico reducionista ocidental."
A principal autora do estudo, Maria Suarez-Almazor, observa que o tratamento placebo foi desenvolvido com a ajuda de acupunturistas. Em um estudo sobre drogas, uma resposta igual nos grupos de tratamento e de placebo provaria que a droga não funciona, disse ela. "Trabalhamos com acupunturistas treinados no estilo tradicional chinês. Não planejamos um estudo que tentava demonstrar que a acupuntura não funciona, os resultados vieram sem diferença entre os dois grupos", disse. 
A pesquisa do MD Anderson e outros estudos recentes alimentaram as especulações de que a picada de uma agulha, seja na acupuntura real ou numa falsa versão, pode influenciar a maneira como o corpo processa e transmite os sinais de dor. 
Um estudo de 2007 com 1 200 pacientes com dores lombares, financiado pelas companhias de seguro da Alemanha, mostrou que quase a metade dos pacientes de ambos os grupos, de acupuntura real e falsa, tiveram menos dor depois do tratamento, em comparação com apenas 27% dos que receberam terapia física ou outra forma tradicional de tratamento.
Quando os pesquisadores alemães mediram quanta dor os pacientes sentiam, descobriram uma diferença considerável entre os da acupuntura real e os do tratamento falso. Apenas 15% dos pacientes do grupo de acupuntura precisaram de medicamentos adicionais para a dor, em comparação com 34% do grupo simulado. O grupo que recebeu terapia tradicional se sentiu pior dos que receberam a acupuntura falsa: 59% desses pacientes precisaram de doses extras de remédios para dor. 
Os pesquisadores, que publicaram seus resultados na Archives of Internal Medicine, especularam que a inserção de agulhas ao redor de uma zona de dor pode ter causado um efeito de "super placebo", desatando uma série de reações que mudou a forma que o corpo experimenta a dor. 
Outro estudo, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publicado em 2004, descobriu que a acupuntura reduziu significativamente a dor e melhorou a função em pacientes com artrite de joelho em comparação com um tratamento simulado.

FONTE: VEJA

Bebê selecionado geneticamente nasce no Brasil com o intuito de curar doença da irmã

Maria Clara, de 4 dias, nasceu para salvar a vida de Maria Vitória, que tem 5 anos

Nasceu sábado passado o primeiro bebê brasileiro selecionado geneticamente em laboratório de modo a não carregar genes doentes e ser totalmente compatível com a irmã - que sofre de talassemia major, uma doença rara do sangue que, se não for tratada corretamente, pode levar à morte. Maria Clara Reginato Cunha, de apenas 4 dias, nasceu no Hospital São Luiz para salvar a vida de Maria Vitória, que tem 5 anos e convive com transfusões sanguíneas a cada três semanas e toma uma medicação diária para reduzir o ferro no organismo desde os 5 meses.
Nos pacientes com talassemia major - a mais grave e a que realmente precisa de tratamento -, a medula óssea produz menos glóbulos vermelhos e, consequentemente, não consegue fabricar sangue na frequência necessária, podendo causar anemias graves. No Brasil, são pouco mais de 700 pessoas com a doença.
Selecionar embriões saudáveis para tentar salvar a vida de outro filho doente não é novidade - esse procedimento é feito no mundo todo desde a década de 1990. A novidade, neste caso, é que além de não carregar o gene da talassemia major, o embrião selecionado (Maria Clara) também é 100% compatível com Maria Vitória, o que vai facilitar a realização de um transplante de sangue de cordão umbilical.
Segundo o geneticista Ciro Dresh Martinhago, a técnica usada para identificar os genes doentes e também a possível compatibilidade é a mesma - de biologia molecular -, mas exige mais conhecimento específico no caso de analisar a compatibilidade. "A gente coleta uma única célula do embrião para fazer a análise molecular. Ao todo, verificamos 11 regiões do DNA da célula, sendo 2 relacionadas ao gene alterado e 9 relacionadas à compatibilidade, que é mais complexa", explica o médico, diretor da RDO Diagnósticos e responsável pela análise genética.
De acordo com ele, as chances de um casal gerar embriões que sejam compatíveis e não carreguem o gene doente são de apenas 18% - daí a importância da ciência nesses casos. Além disso, a dificuldade de realizar a técnica e a falta de profissionais experientes nessa área são alguns dos motivos que fazem o método ser pouco usado. O primeiro caso de seleção de embrião 100% compatível no mundo aconteceu em 2004.

Marca-passo ultramoderno avisa sobre risco de infarto

Equipamento importado já está sendo usado no SUS


O avanço da ciência criou equipamentos que melhoram a saúde e a qualidade de vida do homem. E essa modernidade chegou a um aparelho bem antigo: o marca-passo. 

Depois de cinquenta anos de existência, o equipamento já não regula apenas o ritmo do coração. Agora faz o órgão se manter em funcionamento e ainda avisa quando há risco de infarto. 

Conhecido como o "super " marca-passo, o aparelho importado custa R$ 50 mil e está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) há apenas quatro meses. 

Com uma tecnologia extremamente inteligente, ele consegue ler a frequência com que o coração gostaria de funcionar e transmite isso para o órgãoo, fazendo com que ele tenha uma variação de frequência. 

Pouquissímos brasileiros têm uma máquina tão avançada no peito, capaz de corrigir quase tudo de errado que acontece com o coração. 

Com ele, um infarto pode ser detectado até uma semana, explica especialistas.

FONTE: r7

Parar de comer gordura pode fazer mal para o organismo

Carência favorece a oxidação de carboidratos e pode levar à exaustão precoce


Dietas pobres em gordura podem prejudicar o desempenho no dia a dia ou mesmo no treino físico. A sua carência favorece a oxidação de carboidratos (glicose, glicogênio, reserva energética presente no fígado e nos músculos). Isso pode levar à exaustão precoce.
Os nutricionistas recomendam a ingestão de gorduras poli-insaturadas, encontrada no salmão, e monoinsaturadas, existentes no azeite de girassol, nozes, castanhas e amêndoas.
Os exercícios prolongados, de alta intensidade interferem no sistema imune, e os ácidos graxos ômega-3 nos protegem desse efeito. A carência de gorduras na dieta provoca a deficiência das vitaminas lipossolúveis (A,D,E e K).
Nas mulheres pode ocorrer redução de hormônio estradiol, o que altera o ciclo menstrual. A ingestão das gorduras poli e monoinsaturadas também aumentam o bom colesterol (HDL), reduzem o ruim (LDL) e os triglicerídeos.
As gorduras precisam estar acompanhadas de proteínas e carboidratos.
FONTE: r7

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Homem mais gordo do mundo precisa de 18 enfermeiros para ficar vivo

Ele já está com 368 kg e só consegue ser locomovido em cima de uma cama


Keith Martin, de 42 anos, pesa 368 kg. Ele é considerado atualmente o homem mais gordo do mundo e só se locomove em cima de uma cama. Para poder mantê-lo vivo, é preciso um exército de 18 enfermeiros, incluindo ambulância, segundo o tabloide britânico Daily Mail.
Martin nunca teve namorada e não acha mais roupas que o sirvam. Ele contou como chegou nessa situação:
- Minha mãe morreu quando eu tinha 16 anos, e eu não ligava para mais nada que acontecesse comigo. Eu comi qualquer coisa, tudo. Eu me culpei. Foi minha culpa e eu odeio o que fiz comigo mesmo.
Após perder 250 kg, britânico luta contra excesso de pele 
 Ele sempre precisa visitar o hospital, que é bem próximo de sua casa, em Harlesden, noroeste de Londres. As viagens para checar se sua saúde está em dia são as únicas ocasiões em que ele saia de casa nos últimos dez anos.
Martin "destronou" o mexicano Manuel Uribe, de 44 anos, que já chegou a pesar 600 kg - mas entrou em uma dieta.
FONTE: r7

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sete dicas implacáveis para você parar de fumar


Psicólogas ensinam como se distrair quando der vontade de fumar um cigarro


O início vem como brincadeira. Um cigarro aqui, outro ali após o jantar e, quando percebe, você já perdeu o controle. A vontade de parar, por outro lado, é muito séria e exige esforço além de vontade firme para resistir à ansiedade que bate em alguns momentos do dia.

Segundo a psicóloga Maria Teresa Cruz Lourenço, coordenadora do grupo de apoio ao tabagista do Hospital do Câncer, a nicotina cria dependência química e também dependência psicológica, já que se torna uma válvula de escape para a ansiedade. "Segurar o cigarro entre os dedos, levá-lo à boca e até combiná-lo com uma xícara de café se tornam parte do dia a dia, abandonar esses trejeitos pode ser bem difícil", afirma. Ela e outros especialistas sugerem sete truques para enganar a vontade de fumar na fase em que ainda é difícil abandonar as tragadas.

Evite locais com muitos fumantes

Da mesma forma que uma pessoa em dieta deve evitar um restaurante com pratos principais muito calóricos, quem deseja largar o cigarro precisa se afastar de lugares com muitos fumantes. "Ficar próximo à tentação nos primeiros dias sem cigarro pode ser muito difícil", afirma a psicóloga Laura de Hollanda Batitucci Campos, das Clínicas Oncológicas Integradas (COI). Ela sugere ainda evitar consumir bebidas alcoólicas, já que beber está intimamente ligado ao hábito de fumar. "Com o tempo fica mais fácil conviver com outros fumantes", diz.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Câncer - Um problema. Você ajuda, sem sufocar, um paciente com câncer?


Dosar afeto não é fácil, mas na medida ele contribui para o sucesso do tratamento
por Fernando Menezes
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca),  cerca de 500 mil novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil em 2012, de acordo com cálculos do Inca, e a falta de cuidados com a qualidade de vida tem relação direta com esses números. "A influência genética é um fator importante na maioria dos tipos de câncer, mas as pesquisas já mostram que hábitos saudáveis podem inibir o desenvolvimento da doença", afirma o oncologista Artur Katz, do Hospital Sírio Libanês.

Nos dois casos, o papel da família e dos amigos é fundamental. Estimular a manutenção de uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos, como atitudes preventivas ao câncer, ou oferecer apoio após a notícia de um diagnóstico difícil são comportamentos que ajudam a enfrentar o problema. "Quando a questão é prevenir, as broncas são muito-vindas, pois incentivam a vida saudável. Por outro lado, é preciso bastante delicadeza para ficar perto de um paciente com câncer: o dilema é ajudar sem sufocar", afirma o médico.

Difícil dosar manifestações de afeto? Sem dúvida, mas o esforço logo se reverte em favor do tratamento. "O apoio emocional da família, dos amigos e de um terapeuta reduz episódios de depressão, ansiedade e desajuste social, comuns em doenças graves", afirma a psicóloga Gláucia Vidal, dedicada à psico-oncologia, Com a ajuda dos dois especialistas, o Minha Vida desenvolveu o teste a seguir, voltado a identificar o quanto você está preparado para lidar com uma pessoa com câncer.

Confirmada a ação anti-inflamatória das massagens


São Paulo - A massagem tem uma ação muito parecida com a dos tradicionais anti-inflamatórios e é eficaz na reabilitação de músculos que sofreram lesões. É o que mostra um estudo divulgado ontem pela revista Science Translational Medicine. Trabalhos anteriores comprovavam os efeitos práticos da massagem, mas nenhum desvendava as complexas reações bioquímicas que explicam por que ela funciona. "Há consenso de que massagem produz bem-estar", afirma Simon Melov, do Instituto Buck, nos Estados Unidos. "Agora, temos base científica para explicar como ela atua”.

Normalmente, o esforço físico produz lesões nas fibras dos músculos que levam à processos inflamatórios. Os cientistas descobriram que a massagem estimula a produção de sinais químicos que diminuem a inflamação, de um modo análogo à atuação de vários fármacos. Ao mesmo tempo, a massagem estimula a geração de mitocôndrias, pequenas estruturas que funcionam como verdadeiras usinas de energia dentro da célula. Desta forma, a prática também contribui para acelerar a reconstrução de tecidos musculo-esqueléticos afetados por exercícios físicos ou doenças. Segundo o estudo, bastariam 10 minutos de massagem para produzir um efeito benéfico perceptível. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Obesidade e tabagismo na gravidez aumentam riscos de bebês nascerem com defeitos no coração


Estudo observou que as chances dobram em relação a mulheres que apresentam somente um desses fatores


Mulheres obesas e fumantes na gravidez têm maiores riscos de darem à luz bebês com problemas cardíacos. Essa é a conclusão de um estudo desenvolvido na Universidade de Groningen, na Holanda, e publicado nesta semana no periódico Heart.

A pesquisa observou 797 bebês e fetos que nasceram com cardiopatia congênita, mas livres de outro problema de saúde, entre os anos de 1997 e 2008. Essas crianças foram comparadas com outras 322 que haviam nascido com anomalia cromossômica, mas sem doenças cardíacas.
Os resultados mostraram que a combinação de excesso de peso e tabagismo das mães provocam maiores prejuízos ao bebê do que somente um desses fatores isolado. As gestantes que tinham excesso de peso ou obesidade e fumaram durante a gravidez tiveram 2,5 vezes mais chances de terem filhos com doenças congênitas do coração do que mulheres que ou somente eram fumantes, ou somente estavam acima do peso.
“Esses resultados indicam que a associação do tabagismo materno e o sobrepeso pode estar relacionado diretamente aos problemas cardíacos congênitos”, diz o estudo. Embora os autores não saibam a exata razão para que isso ocorra, eles consideram que problemas em decorrência desses fatores, como colesterol alto, possam explicar o aumento desses riscos.
FONTE: VEJA

Ultrassom se mostra eficaz como contraceptivo masculino


Radiação reduziu a concentração de espermatozoides em ratos a níveis suficientes para provocar infertilidade

Um novo estudo publicado no periódico Reproductive Biology and Endocrinology mostrou que sessões de ultrassom podem funcionar como método anticoncepcional. O aparelho foi capaz de reduzir a quantidade de espermatozoides em ratos a níveis suficientes para provocar infertilidade. A pesquisa foi desenvolvida no Departamento de Pediatria da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte.
Dos testes realizados pelos autores do estudo, os que apresentaram melhores resultados foram duas sessões de ultrassom de alta frequência em torno dos testículos dos ratos. Elas tiveram duração de 15 minutos cada e um intervalo de dois dias entre uma e outra.
A técnica foi capaz de diminuir a concentração de espermatozoides para menos de 10 milhões por mililitro de sêmen nos animais. Essa redução, embora não seja suficiente para causar infertilidade nos ratos, é capaz de causar infertilidade nos homens e, portanto, seria eficaz como método contraceptivo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um homem com infertilidade é aquele que tem menos de 10 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen. Em 95% dos homens, essa concentração é maior que 39 milhões por mililitro.
"Nosso tratamento de ultrassom não invasivo reduziu as reservas de espermas em ratos a níveis muito menores do que os observados em homens férteis. Porém, mais estudos são necessários para determinar quanto tempo dura o efeito contraceptivo e se o uso repetido desse método é seguro", afirma James Tsuruta, coordenador do estudo.
 FONTE: VEJA

Pressão arterial deve ser medida nos dois braços


Diferença na pressão arterial entre os dois braços pode indicar um risco maior para doenças vasculares periféricas

Uma revisão de 28 estudos publicada na versão online da revista The Lancet aponta que os médicos deveriam medir a pressão arterial nos dois braços do paciente — e não apenas em um, como ocorre na maioria dos consultórios. Isso porque medidas diferentes de pressão entre os braços direto e esquerdo podem indicar um risco aumentado de doença vascular periférica.

Medir a pressão nos dois braços já havia sido recomendada nas diretrizes de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia — a última atualização foi publicada em 2010. A norma orienta que na primeira consulta os médicos meçam a pressão nos quatro membros do paciente: nos dois braços e nas duas pernas. Mas isso nem sempre acontece.
A revisão dos estudos foi conduzida pelo médico Christopher Clark, da Universidade Exeter (Grã-Bretanha), e demonstrou que uma diferença de pressão sistólica acima de 15 milímetros de mercúrio (mm Hg, usado como medida padrão) entre os dois braços está associada ao maior risco de ter uma das artérias parcialmente obstruída. Seria o caso, por exemplo, de um paciente ter a pressão arterial de 120 mm Hg por 80 mm Hg (12 por 8) em um dos braços e de 140 mm Hg por 80 mm Hg (14 por 8) no outro. A diferença de 140 para 120 é de 20. Segundo o estudo, com essa diferença, o paciente deveria ser encaminhado para exames mais específicos.
No Brasil, as diretrizes recomendam uma investigação mais aprofundada apenas nos casos em que a medição da pressão apresentar uma diferença superior a 20 mm Hg entre os dois braços. Para o cardiologista Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do InCor, esse é um ponto que poderá ser reavaliado no país. "Um dos pontos mais importantes desse estudo é que a diferença de pressão entre os dois braços considerada perigosa é de 15, enquanto aqui no Brasil o valor é 20. Talvez a gente tenha de rever as diretrizes e também baixar esse número", diz.
FONTE: VEJA

Consumo de açúcar deve ser controlado assim como álcool e tabaco


Relatório concluiu que danos provocados pelo excesso de açúcar são tão graves quanto os causados por bebida alcoólica e cigarro

Segundo artigo publicado nesta quinta-feira na conceituada revista Nature, o açúcar deve ser controlado da mesma maneira que o álcool e o tabaco como forma de proteger a saúde pública. O relatório, feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, considerou que os prejuízos provocados pelo consumo exagerado do açúcar estão contribuindo para a pandemia global que se tornou a obesidade e, consequentemente, para o aumento da mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis.

Os dados do relatório revelam que o consumo mundial de açúcar triplicou nos últimos 50 anos e que esse quadro é um dos grandes responsáveis pelo aumento do número de obesos. Mas, segundo os pesquisadores, a obesidade pode ser um marcador para os danos provocados pelos efeitos tóxicos do açúcar, o que ajudaria a explicar o porquê de 40% das pessoas com síndrome metabólica, que pode levar ao diabetes, a doenças cardíacas e ao câncer, não serem clinicamente obesas.
Calorias e toxidade- Os cientistas que desenvolveram o estudo formaram um grupo interdisciplinar composto por especialistas em endocrinologia, saúde pública e sociologia. Segundo os pesquisadores, os prejuízos do açúcar vão além do excesso de calorias e do ganho de peso. Se consumido em grande quantidade, o que não é incomum principalmente nos países ocidentais, ele pode alterar o metabolismo do indivíduo, aumentando sua pressão arterial, interferindo no funcionamento dos hormônios e provocando danos significativos ao fígado. Esses problemas de saúde, de acordo com o relatório, são semelhantes aos provocados pelo excesso de álcool.

“Assim como existem gorduras boas e más, há calorias boas e ruins. O açúcar, além de calórico, é tóxico. Mas, enquanto as pessoas o considerarem apenas como ‘caloria vazia’, não haverá resolução dos problemas vindos do seu excesso de consumo”, afirma Robert Lustig, professor da UCSF e um dos autores do estudo. “Porém, mudar padrões como esse é muito complicado”.
Formas de controle- Os autores do relatório ainda chamam a atenção para o fato de que medidas individuais de redução de açúcar não são suficientes para que o problema acabe. Eles defendem que soluções ambientais e sociais, assim como as que foram tomadas em relação ao álcool e ao tabaco, são fundamentais. Medidas como cobrança de impostos sobre vendas, controle do acesso e maiores exigências em relação ao licenciamento de lugares que vendem alimentos com alto teor de açúcar em escolas, por exemplo, são algumas das sugeridas pelo documento.
“Não estamos falando de proibição e nem defendendo uma imposição maior do governo na vida das pessoas”, afirma Laura Schmidt, professora da UCSF e outra autora do estudo. “Nós estamos considerando maneiras suaves para tornar o consumo de açúcar um pouco menos conveniente. O que buscamos é aumentar as opções e o acesso a alimentos que não sejam tão carregados em açúcar”, diz a professora.
FONTE: VEJA

Adultos com dificuldade de aprendizagem grave podem ter autismo


Grupo de pessoas, que vivem com familiares ou em casas de privadas era “invisível” nas estimativas sobre a doença

Adultos que apresentam deficiências de aprendizado moderada a severa têm mais chances de serem autistas. O alerta foi dado nesta quarta-feira em relatório publicado no site do Centro de Informações do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra. Segundo o documento, cerca de 60% dos homens e 43% das mulheres com a deficiência em níveis severos são também portadores de autismo não diagnosticado.

No levantamento, foram coletados registros de adultos com deficiência de aprendizagem em Leicester, Lambeth e Sheffield, na Inglaterra, de agosto de 2010 a abril de 2011. Os voluntários estudados viviam com os pais ou outros familiares ou ainda em centros comunitários. “Ficamos surpresos com a quantidade de adultos com deficiência de aprendizagem de moderada para cima que tinham autismo. As estimativas anteriores apontavam para números muito mais baixos”, diz Terry Brugha, professor de psiquiatria da Universidade de Leicester e coordenador do estudo.

Segundo Brugha, cerca de 60% dos homens e 43% das mulheres com deficiência severa têm autismo. “Parece surpreendente também a quantia que ainda vive com familiares e pode representar um fardo: 42% dos homens e 29% das mulheres com a deficiência severa que dependem de parentes, e vivem com eles, têm autismo”, diz a especialista.

De acordo com Sally-Ann Cooper, professora da Universidade de Glasgow e participante da pesquisa, as estatística de rotina - tanto da deficiência de aprendizado, quanto sobre o autismo - não haviam levado em conta pessoas que têm os dois problemas concomitantemente. “Nosso estudo demonstra claramente que quanto mais severa a dificuldade de aprendizado do adulto, maiores as chances dele também ter autismo.”

FONTE: VEJA

Casos de DST dobram entre idosos nos últimos 10 anos


No Brasil, os casos de aids em idosos também dobraram entre 2000 e 2010
O número de casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre pessoas acima dos 50 anos dobrou na última década. O dado alarmante acaba de ser publicado em um editorial do periódico médico Student BMJ. Entre as doenças que despontam na lista de transmissões citadas pelo estudo estão sífilis, clamídia e gonorreia.
No editorial do Student BMJ, os médicos Rachel von Sinson, do King’s College London, e Ranjababu Kulasegaram, do St Thomas’ Hospital London, citam uma pesquisa que mostra que 80% dos adultos entre 50 e 90 anos são sexualmente ativos. Estatísticas mostram um aumento nos casos de sífilis, clamídia e gonorreia na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá nas pessoas entre 45 a 64 anos.
Existem ainda poucas pesquisas sobre as razões por trás do aumento no número dessas doenças. Uma das hipóteses é a de que ela se deva às mudanças físicas — mulheres na menopausa são mais vulneráveis a uma DST. Além disso, alguns dados mostram que os homens que usam drogas contra a disfunção erétil têm mais chances de serem diagnosticados com uma DST no primeiro ano de uso do remédio.
De acordo com os autores, de posse desses dados, os médicos deveriam encorajar discussões sobre sexo seguro, independente da idade do paciente. "O profissional não deve deixar de investigar infecções sexualmente transmissíveis em idosos."
Brasil — No Brasil, o Ministério da Saúde não tem dados sobre o índice de transmissões das DSTs, porque a notificação não é obrigatória. A única doença a ter registro é a aids. Segundo dados do Boletim Epidemiológico Aids e DST/2011, feito pelo Ministério, o número de novos casos entre pessoas acima de 50 anos passou de 2.707, em 2000, para 5.521, em 2010 – um aumento de 103%.
De acordo com Jean Gorinshteyn, infectologista responsável pelo Ambulatório do Idoso do Hospital Emílio Ribas, esse aumento no número de casos pode estar sendo causado pela combinação de drogas para disfunção erétil e falta de costume do uso da camisinha. “Essas pessoas não estão acostumadas a usar camisinha, e quando a usavam era para evitar uma concepção indesejada, não uma DST”, diz.
Entre os idosos, os homens são as principais vítimas: no ambulatório coordenado por Gorinshteyn, 75% dos infectados são do sexo masculino. Dos cerca de 120 pacientes (entre homens e mulheres) atendidos no local, 90% têm entre 60 e 65 anos, 80% são heterossexuais e 78% são casados. "A mulher normalmente tem uma baixa na libido com a menopausa. Já o homem, com a existência de drogas contra a disfunção erétil, acaba, muitas vezes, prolongando sua vida sexual”, diz o especialista.
FONTE: VEJA