Conexão Saúde

segunda-feira, 19 de março de 2012

Estudo do HC mostra eficácia da acupuntura


Segundo pesquisa conduzida pelo HC, a técnica chinesa, quando associada ao tratamento convencional da lombalgia, foi eficaz em reduzir as dores na lombar



Um estudo realizado pelo Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo demonstra que a acupuntura auxilia no tratamento de dores na região lombar, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. A técnica chinesa, quando associada ao tratamento convencional de lombalgia (dores nas costas), acelera o alívio em curto prazo. O estudo foi feito pelo Centro de Acupuntura do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC. 

Segundo o fisiatra intervencionista João Amadera, a pesquisa foi realizada em 60 pacientes, sendo que 28 deles receberam apenas o tratamento convencional e 32 o convencional associado à acupuntura. A terapia convencional é feita com uso de analgésicos, exercícios e recomendação de posturas corretas para atividades diárias. No entanto, ela nem sempre é eficaz para o alívio da dor lombar crônica.
Os pesquisadores descobriram, então, que, quando essas medidas são insuficientes, associar exercícios terapêuticos e acupuntura é decisivo na melhora. "Após o término das seis sessões de acupuntura, verificamos que o grupo que teve o tratamento convencional associado à acupuntura apresentou uma queda significativa na escala de dor", diz Amadera.
Pesquisa — Os pacientes que fizeram apenas o tratamento convencional também foram tratados com um tipo de acupuntura placebo. No processo, eletrodos eram colocados no corpo do paciente, mas a corrente elétrica era interrompida. 
No final do estudo foi usada a Escala Visual Analógica para avaliar a melhora na sensação de dor. Essa escala consiste em uma linha de 10 centímetros, marcada numericamente de 0 a 10 — sendo zero o menor índice de dor, e 10 a pior dor possível. O grupo de voluntários que fez acupuntura teve uma melhora média de três pontos nessa escala. Já o grupo que recebeu o tratamento tradicional aliado à acupuntura placebo teve uma melhora média de apenas um ponto.
Segundo João Amadera, o motivo da melhora é que, quando são colocadas as agulhas no corpo do paciente, "são liberadas substâncias neurotransmissoras e analgésicas que diminuem a dor."

FONTE: VEJA

domingo, 18 de março de 2012

Jogos, leitura e descanso melhoram o funcionamento da memória


Atividade física e alimentação também ajudam a lembrar das coisas. Falta de atenção é a maior queixa de memória das pessoas jovens. 

Esquecer a chave de casa, não lembrar onde estacionou o carro e perder objetos pela casa é bastante comum com a vida agitada que as pessoas levam. O Bem Estar desta sexta-feira (16) explicou como funciona o cérebro e o que pode prejudicar a memória das pessoas.
Para memorizar, é preciso passar por quatro etapas: atenção, compreensão, armazenamento e resgate. No estúdio, o neurologista Tarso Adoni e a neurocientista Suzana Herculano explicaram como funcionam essas quatro fases da memória. A falta de atenção é a principal culpada e motivo de queixa de memória das pessoas jovens.
Para ter uma boa atenção, é preciso concentrar-se na atividade que exige de você uma boa memória. Livrar-se da poluição sonora e visual é o primeiro passo para harmonizar o ambiente e potencializar a capacidade de estar atento a alguma informação. Para quem estuda ou trabalha em casa, é fundamental ter um espaço isolado de barulhos externos e informações visuais que possam tirar a concentração.
No caso da compreensão, não basta apenas entender o que é dito. Compreender é muito mais difícil que decorar, por isso a compreensão precisa ser exercitada. Vale lembrar também que o cérebro não é infinito e os 86 bilhões de neurônios são o melhor sinal de que há um limite para o trânsito de informações dentro de nosso corpo. Por isso armazenar as informações é importante.
A última fase da memorização é a recuperação. É comum não se lembrar de algo quando você precisava, mas se lembrar depois, quando alguém te diz algo ou você tem alguma pista de onde estava a informação. O nosso cérebro funciona melhor com associações e tem muito mais poder de recuperação quando uma informação tem cara, cor, cheiro, som, nome ou jeito.
Arte Memória Bem Estar (Foto: Arte/G1)

Resistência a antibióticos é desafio para medicina, diz OMS



Especialistas alertam que mundo caminha para era 'pós-antibióticos', na qual até um arranhão pode ser fatal.

A crescente resistência humana a antibióticos poderá fazer com que esses medicamentos não sejam mais eficazes em um futuro próximo, levando o mundo a uma era 'pós-antibióticos', na qual uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, diz a OMS (Organização Mundial da Saúde).
'Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos', diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.
'Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos', diz Chan.
'Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade', afirma.
Uso excessivo
As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.


Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.
Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.
FONTE: G1

Especialistas apontam “os sete erros” da médica de Fina Estampa

Personagem de Renata Sorrah é antiética e distorce a reprodução assistida 

As atitudes de Danielle Fraser, a especialista em reprodução assistida da novela Fina Estampa (TV Globo), vem deixando médicos e pacientes de cabelo em pé.
A reprodução assistida no Brasil responde a uma série de normas enumeradas na resolução 1957, de dezembro de 2010, feita pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), que fazem parte do Código de Ética Médica.
Mas a cada capítulo, a personagem de Renata Sorrah vem ignorando essas regras, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Adelino Amaral, membro da Câmara Técnica do CFM.
- [O que a personagem faz] é totalmente antiético. A gente entende que os profissionais que fazem isso são sérios, por isso estão maculando a nossa imagem. Podem achar que todos fazem isso, mas a gente faz de acordo com o CFM.
Danielle Fraser usa uma de suas pacientes, a fragilizada Esther, para gerar um sobrinho seu. Esther resolve encarar uma reprodução independente, por ter um marido estéril, e nem imagina que Danielle fertiliza em seu útero um óvulo de sua ex-cunhada (Beatriz) com o sêmen do irmão já falecido. E pior: a secretária de Danielle descobre o que foi feito e conta para a doadora do óvulo que agora quer a guarda de Victoria, a menina gerada no ventre de Esther.
A história contada na novela mostra uma série de erros de conduta que jogam fora o maior princípio da reprodução assistida realizada no país: a preservação do anonimato de quem doa e de quem recebe óvulos e espermatozoides, explica Maria Cecília Erthal, diretora médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D`Or. Veja quais são no “jogo de sete erros” acima.
- É uma história estapafúrdia, que quer criar polêmica só para dar ibope. Mas o assunto é muito delicado porque as pessoas que passaram por isso podem sentir algum terror e tem muitas mulheres que necessitam da doação.
De acordo com a diretora, desde que Danielle começou a mostrar o seu lado mais nefasto, muitas pacientes da clínica mostraram preocupação.
O que fazer em casos parecidos?
Se o anonimato for quebrado em qualquer instância do tratamento ou se a paciente souber de qualquer irregularidade, pode fazer uma denúncia comparecendo ao CRM (Conselho Regional de Medicina) da cidade onde foi realizado o procedimento.
Depois disso, uma junta de médicos vai investigar o caso, podendo abrir um processo ético. Em última instância, o especialista pode ser cassado e perder o registro profissional, explica Adelino Amaral.
No entanto, já está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei que discute a questão. Se aprovado, a reprodução assistida será regida por uma lei e seus profissionais poderão responder na esfera judicial.
FONTE: R7